Amar os pobres E zoar com os caretas,
Sentir o vento bater em minhas costas
E sentir que tudo está à deriva.
Assim mesmo como antes havia sido dito.
O mundo está mais pálido
E cada vez mais parece que irá rachar.
As pupilas se dilatam diante do terror.
Então venho lhe pedir uma súplica,
Uma boa inspiração,
Pois nada mais importa.
E somente esses, os loucos,
São agora capazes de ver
E ouvir a verdade que transcende no universo.
Shangri Las,
Abortando linhas e mais linhas
De esperanças inenarráveis
que raptam qualquer sentido vago
dessa velha e nova história.
Cantam seus mantras,
Como jingles que passam na TV,
Mas ninguém mais é capaz de ver
Ou sentir.
Como um pedido de socorro em meio ao vácuo,
Gélido e, de novo, pálido,
Seus corpos já não habitam mais esse plano,
Sua simples carcaça se separa
E cria uma ligação direta com o infinito.
Seus crânios se partem,
Deixando Buddha exalar mais uma vez a esmo,
Pois são os loucos,
Capazes de ver e ouvir,
Capazes de viver na realidade
esquizofrênica do ser.
Serão a única salvação divina,
A última escapatória do universo
De tentar consertar o inquebrável
E sorrir, mais uma vez,
Para as paredes escuras do coração
Eles estão gritando:
“Alegria,
Inveja,
Saudação!”
Não fujas da irônica verdade,
Não corras para em meio a plantação
E não escancare a grande máquina!
Pois ela tudo vigia e apita,
Assopra e aperta,
Morde e danifica.
Mas o louco,
O louco que agora lê e escreve,
Que diz entender.
Os loucos serão
Aqueles capazes de infligir
Uma dor tremenda nesse grande maquinário
E de abrir a ferida que nos levará para as estrelas.
Palavra da Salvação:
Pasmem.
A vida é a última verdade dita nessa prosa.
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