Já que nada me preenche
Quem sabe a poesia
Que habita em minha mente
Ilumine a minha vida
15/03/21
Já que nada me preenche
Quem sabe a poesia
Que habita em minha mente
Ilumine a minha vida
15/03/21
Amar os pobres E zoar com os caretas,
Sentir o vento bater em minhas costas
E sentir que tudo está à deriva.
Assim mesmo como antes havia sido dito.
O mundo está mais pálido
E cada vez mais parece que irá rachar.
As pupilas se dilatam diante do terror.
Então venho lhe pedir uma súplica,
Uma boa inspiração,
Pois nada mais importa.
E somente esses, os loucos,
São agora capazes de ver
E ouvir a verdade que transcende no universo.
Shangri Las,
Abortando linhas e mais linhas
De esperanças inenarráveis
que raptam qualquer sentido vago
dessa velha e nova história.
Cantam seus mantras,
Como jingles que passam na TV,
Mas ninguém mais é capaz de ver
Ou sentir.
Como um pedido de socorro em meio ao vácuo,
Gélido e, de novo, pálido,
Seus corpos já não habitam mais esse plano,
Sua simples carcaça se separa
E cria uma ligação direta com o infinito.
Seus crânios se partem,
Deixando Buddha exalar mais uma vez a esmo,
Pois são os loucos,
Capazes de ver e ouvir,
Capazes de viver na realidade
esquizofrênica do ser.
Serão a única salvação divina,
A última escapatória do universo
De tentar consertar o inquebrável
E sorrir, mais uma vez,
Para as paredes escuras do coração
Eles estão gritando:
“Alegria,
Inveja,
Saudação!”
Não fujas da irônica verdade,
Não corras para em meio a plantação
E não escancare a grande máquina!
Pois ela tudo vigia e apita,
Assopra e aperta,
Morde e danifica.
Mas o louco,
O louco que agora lê e escreve,
Que diz entender.
Os loucos serão
Aqueles capazes de infligir
Uma dor tremenda nesse grande maquinário
E de abrir a ferida que nos levará para as estrelas.
Este poema foi um projeto feito por mim e meu amigo Gabriel "Querô", onde ambos escreviam um verso após o outro tentando formar das palavras um do outro uma beleza única. Entretanto, ficou inacabado e esquecido por mais de um ano. E agora lhes apresento o Poema Cooperativo:
Deixe o rio fluir suas águas
Que antes foram tão pesadas
E de turvas se tornaram claras
Escura,
Pesada,
Cheia de musgo
Uma pedra se encontra no meio de seu caminho
E como um ás de espadas
Perdido por entre as mangas
Te desvia defronte ao seu destino
A caminho da próxima virada
Como um trem às avessas
Descarrilhado dos trilhos
Sem rumo e sem planos
Perdido neste mundão vasto e complexo
Mas sem medo de se tornar...
Esquecido.
10/10/21
Escrito por Cristiano Siqueira e Gabriel "Querô" Campello.
Dizer adeus:
A pior mentira que se pode ouvir,
A maior verdade que se pode fazer.
Ontem eu sonhei com a minha morte.
Foi assombrosamente pavoroso.
Porém, vívido como um gozo.
E Ima-cu-la-do.