Onde estaremos quando tudo isso acabar?
O que será de nós,
Após todo esse caos que a tormenta faz passar
Reencontraremos aqueles que amamos?
Seguiremos atrás de nossos sonhos?
Uma incógnita!
A ansiedade corrói minha mente.
Terei de pensar em outra cousa,
Senão irei me corromper!
Porém as nuvens são mais negras e mais densas,
Os trovões barulhentos e estrondosos
E os relâmpagos, mesmo que distantes,
Assustam os cachorros da alma.
Sentimo-nos preparados,
Mas não há nada o que fazer
A não ser esperar pelo Sol!
Pois com o vento trará a mudança.
E de longe,
Bem à margem do futuro,
Encontrará, vinda pela nau de velas brancas,
A esperança.
Pois é nela a única coisa que nos resta.
Ela que espantará a tempestade
E trará calmaria para a alma.
E mesmo que mais uma chuva venha por outrora...
Será ela de quem me lembrarei.
Aquela que salvou de me afogar nos auto-medos da memória.