terça-feira, 2 de abril de 2024

Vampiro

 



A noite entrava deixando seu perfume no ar.

As ruas já desertas,

Se cobriam de neblina noir.



Cuidado!

O assassino saiu para brincar.

Um som estrondoso assustou os cavalos,

Fez uma das rodas quebrar.

Perdido,

Foi obrigado a procurar

Um abrigo,

Uma casa, qualquer lugar.



Em teu seio, encontrou a moradia

Quem diria!

Estava difícil de enxergar,

As lanternas quase se apagaram quando o vulto apareceu.



Distinto,

Misterioso,

“Ei! Quem está aí?"

“Sou eu, seu amor!”

“Quem?”



Oh, que dor!

Suas presas me esfolaram

Meu sangue agora é teu

Como você, agora sou eu.



Minha alma,

Assim como a tua,

Jaz quebrada.

Me completa,

Faz do teu gozo

A minha jangada.



Não!

Pena,

Dor e

Raiva!



O vulto não aparenta ser

Quem diz ser.

É Lúcifer.

É Drácula.

É bela, de fachada.

Me rouba.

Te roubo.

Somos dois,

Mas o mesmo, que estorvo!



Agora lhe pago o troco.

Sou eu quem mordo!

Está em minhas mãos

E assim vai rodando o jogo...



De amor para ódio,

De ódio para amor.

Assim vamos nos esfaqueando

Até não sentir mais nenhuma dor.



Veja...

A manhã vem vindo.

Quem de nós dois

Vai ter um trágico final?

Terrível destino.



Eu abro meu peito

Esperando...

Esperando...

Esperando...



Ouço o som de mil metralhadoras



Sangue...



Nós dois jazemos caídos.

Nós dois atiramos.

Nós dois fodidos.



Terrível destino.

 - Data (?/?/?)

 



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